quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS


Queda é um evento freqüente e limitante, sendo considerado um marcador de fragilidade, morte, institucionalização e de declínio na saúde de idosos.

O risco de queda aumenta significativamente com o avançar da idade, o que coloca esta síndrome geriátrica como um dos grandes problemas de saúde pública devido ao aumento expressivo do número de idosos na população e à sua maior longevidade.

Diversos fatores de risco e múltiplas causas interagem como agentes determinantes e predisponentes, tanto para quedas acidentais quanto para quedas recorrentes, impondo aos profissionais de saúde, especialmente ao médico o grande desafio de identificar os possíveis fatores de risco modificáveis e tratar os fatores etiológicos e co-morbidades presentes.

As intervenções mais eficazes baseiam-se na identificação precoce dos idosos com maior chance de sofrerem quedas e particularmente, aqueles que além do risco de queda apresentem também um risco aumentado de sofrer lesões graves decorrentes da mesma.

Geralmente, idosos tendem a sub-relatar quedas. Além disso, creditam à idade seus problemas de equilíbrio e marcha, fazendo com que com que estas dificuldades de mobilidade não sejam detectadas, até que uma queda com uma consequência grave ocorra, como a fratura de quadril.

O envelhecimento conduz a perda progressiva da eficiência dos órgãos e tecidos do organismo humano, em diferentes graus de declínio. Dentre essas perdas caracteriza-se a perda da força muscular e do equilíbrio. A perda de força muscular ocorre devido, principalmente, ao declínio de massa muscular,denominado sarcopenia.

O equilíbrio corporal também sofre com as alterações do envelhecimento devido às deficiências geradas nos sistemas somatosensorial, visual, vestibular e músculos efetores.

O sistema músculo esquelético possui fibras musculares do tipo I e II, as segundas são chamadas de fibras de contração rápida, sendo estas contribuintes no tempo de reação e respostas de situações de emergências, portanto podem influenciar na reação do equilíbrio, já que os músculos efetores são responsáveis pelo restabelecimento deste. Este fato contribui para seu decréscimo com o envelhecimento, pois com a fraqueza muscular, é reduzida a eficiência do músculo em responder aos distúrbios da postura levando assim, ao desequilíbrio.

Este problema pode ser amenizado através do fortalecimento dos músculos responsáveis pela movimentação em questão, pois a diminuição da força dos membros inferiores afeta a mobilidade funcional aumentando a propensão de quedas e influenciando na marcha, sendo essa o melhor indicador do risco de perda de autonomia nesta idade.

A pratica de atividades físicas é considerada um fator de melhora da saúde global desta população e uma importante medida de intervenção de quedas. Com aumento da mobilidade e da força ocorre uma melhora na qualidade de vida, e a pratica de atividades, como os exercícios resistidos, pode trazer a independência funcional.

Neste sentido, o PILATES vem sendo cada vez mais indicado aos idosos. A capacidade de adaptação fisiológica destes indivíduos a este treinamento é a mesma de indivíduos mais jovens, podendo manter os benefícios adquiridos por toda a vida. Para esta população é a melhor atividade física em se tratando de qualidade de vida, pois promove melhorias na capacidade funcional, na força muscular, no equilíbrio e na coordenação, além de contribui para diminuição do risco de quedas e consequentemente na realização das atividades da vida diária.

TEXTO ELABORADO POR DRA CAMILA K. DE OLIVEIRA.
FISIOTERAPEUTA PÓS-GRADUADA EM ORTOPEDIA PELA UNICAMP E PROFESSORA DE PILATES NO WELLNESS PILATES STUDIO.

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